O vereador Galego do Leite (Podemos), líder da bancada de oposição na Câmara Municipal de Campina Grande, voltou a afirmar sua posição contrária à municipalização pelo governo Romero Rodrigues do serviço de água e esgoto. A medida está nos planos do prefeito, conforme já amplamente admitido por seus auxiliares, que alegam que a concessão da Cagepa já expirou.
Para Galego, esse tipo de serviço, dado seu caráter extremamente essencial e a elevada complexidade de sua execução, não poderá ficar à mercê de uma espécie de experiência a ser realizada pelo governo municipal, colocando em risco a população não apenas de Campina, mas de toda região, e muito menos deverá ser tratado a partir de querelas políticas. Ele lembrou que há casos de experiência malsucedida na Paraíba, como o de Sousa.
Galego ainda destacou que a municipalização prejudicará duramente os municípios do Compartimento da Borborema. “As cidades que não possuem estrutura técnica e econômica serão penalizados, levando sofrimento a milhares de paraibanos”, disse. Além disso, o vereador acredita que a mudança resultaria, inevitavelmente, numa alta da conta para o cidadão. “Quem terceiriza vai querer ter lucro, e a água não pode ser tratada como mercadoria, por ser um bem indispensável e finito. Essa conta ficaria para a população” , declarou.
De acordo com o parlamentar, também é preciso pensar nas centenas de pais e mães de famílias que trabalham na Cagepa, e que poderiam terminar desempregados com a municipalização, já que a companhia seria extinta na cidade. No entendimento do líder da oposição na Câmara Municipal, há, de fato, aspectos que precisam ser melhorados no serviço ofertado pela Cagepa. “Mas, para isso não é necessário adotar uma medida tão extrema, como a municipalização”, acredita.