Galego do Leite pede cautela na decisão sobre fim do racionamento em Campina Grande


O vereador Galego do Leite (Podemos), líder da bancada de oposição na Câmara Municipal de Campina Grande, mostrou-se preocupado quanto à queda na vazão das águas da transposição do Rio São Francisco para o açude Epitácio Pessoa, o Boqueirão, e, consequentemente, ao fim do racionamento hídrico, previsto para ocorrer quando o manancial sair do volume morto.

Desde a semana passada, autoridades da Aesa e da Cagepa têm confirmado à imprensa que a vazão caiu bruscamente, desacelerando o processo de recomposição da reserva hídrica de Boqueirão. Com isso, a suspensão do racionamento, anteriormente prevista para ocorrer neste mês, quando o açude deveria ultrapassar a casa dos 8,2% da sua capacidade, deve ficar para setembro ou outubro, dependendo do volume das recargas.

Para Galego, diante dos problemas enfrentados em relação ao fluxo da água que chega ao Epitácio Pessoa, é preciso redobrar a atenção e ampliar a cautela para decidir sobre a suspensão do racionamento. “A Cagepa já explicou diversas vezes as razões para suspender o racionamento quando Boqueirão sair do volume morto, mas, a gente pede que haja uma nova reflexão da companhia, juntamente com a Aesa e a ANA, diante desses problemas recorrentes”, disse.

O vereador avalia que as entidades responsáveis têm acertado na administração da crise hídrica da região, o que o motiva a acreditar que, mais uma vez, as definições serão as mais corretas. De qualquer forma, lembra que a vazão tão baixa era um fator que não parecia constar até recentemente do planejamento, o que justifica seu pedido de uma análise mais acurada. 

“Meu pedido é por máxima cautela. A população tem se mostrado compreensiva quanto à necessidade do racionamento, mas sabemos que essa condição de alguns dias sem água penaliza muita gente, principalmente quem mora em áreas mais altas e mais distantes e quem não pode arcar com caixas d’água e outros meios de reserva. Se for possível suspender, com total segurança, será melhor para todos, mas, se houver dúvidas, creio que o melhor seja estender a medida por mais algum tempo”, analisa.